A micropropagação da oliveira ainda não é viável no mercado devido a multiplos fatores, como a dificuldade de enraizamento de algumas cultivares. Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a utilização de AIB de diferentes formas, associado a substratos, no enraizamento in vitro de explantes de oliveiras cultivar Moraiolo. O estudo foi conduzido com explantes de 45 dias, oriundos da regeneração in vitro, onde quatro tratamentos foram aplicados, combinando a utilização de uma pré-indução (representada pela imersão da parte basal de explantes de oliveira em uma solução de 5 mg L-1 AIB + 15 g L-1 de sacarose, por 72 horas no escuro), aliada a dois substratos sendo os seguintes tratamentos: T1: explantes enraizados em substrato composto de meio OM agarizado, enriquecido com 2 mg L-1 AIB; T2: explantes enraizados em substrato composto de turfa e areia, umedecido com solução de 2 mg L-1 AIB e 15 g L-1 sacarose (10% v/v); T3: explantes pré-induzidos e enraizados em substrato composto de meio OM agarizado, enriquecido com 2 mg L-1 AIB; e T4: explantes pré-induzidos e enraizados em substrato composto de turfa e areia, umedecido com solução de 2 mg L-1 AIB e 15 g L-1 sacarose (10% v/v). Passados 45 dias avaliou-se a porcentagem de explantes enraizados, comprimento médio e massa fresca e seca das raízes. Concluiu-se que o melhor enraizamento ocorreu em T1, não sendo o substrato composto por turfa e areia eficiente em termos de enraizamento, ainda que T2 tenha apresentado em média 46,7% de enraizamento e 6 cm de comprimento. Tal fato mostra a possibilidade de utilização desse sistemas de enraizamento misto vitro-vivo, bem como o quanto pode contribuir para simplificar a micropropagação da oliveira e para tornar esta técnica menos onerosa e mais eficaz para a produção de oliveiras de alta qualidade.

Sistemas de enraizamento vitro-vivo na micropropagação de oliveira (Vitro-vivo rooting systems in olive tree micropropagation).

Micheli M.;Facchin S. L.;Prosperi F.;
2021

Abstract

A micropropagação da oliveira ainda não é viável no mercado devido a multiplos fatores, como a dificuldade de enraizamento de algumas cultivares. Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a utilização de AIB de diferentes formas, associado a substratos, no enraizamento in vitro de explantes de oliveiras cultivar Moraiolo. O estudo foi conduzido com explantes de 45 dias, oriundos da regeneração in vitro, onde quatro tratamentos foram aplicados, combinando a utilização de uma pré-indução (representada pela imersão da parte basal de explantes de oliveira em uma solução de 5 mg L-1 AIB + 15 g L-1 de sacarose, por 72 horas no escuro), aliada a dois substratos sendo os seguintes tratamentos: T1: explantes enraizados em substrato composto de meio OM agarizado, enriquecido com 2 mg L-1 AIB; T2: explantes enraizados em substrato composto de turfa e areia, umedecido com solução de 2 mg L-1 AIB e 15 g L-1 sacarose (10% v/v); T3: explantes pré-induzidos e enraizados em substrato composto de meio OM agarizado, enriquecido com 2 mg L-1 AIB; e T4: explantes pré-induzidos e enraizados em substrato composto de turfa e areia, umedecido com solução de 2 mg L-1 AIB e 15 g L-1 sacarose (10% v/v). Passados 45 dias avaliou-se a porcentagem de explantes enraizados, comprimento médio e massa fresca e seca das raízes. Concluiu-se que o melhor enraizamento ocorreu em T1, não sendo o substrato composto por turfa e areia eficiente em termos de enraizamento, ainda que T2 tenha apresentado em média 46,7% de enraizamento e 6 cm de comprimento. Tal fato mostra a possibilidade de utilização desse sistemas de enraizamento misto vitro-vivo, bem como o quanto pode contribuir para simplificar a micropropagação da oliveira e para tornar esta técnica menos onerosa e mais eficaz para a produção de oliveiras de alta qualidade.
2021
978-65-996852-0-0
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